Passamos por muitas coisas na
vida! Na maioria das vezes não damos o verdadeiro valor que cada uma dessas
coisas merecem, talvez por não enxerga-las de forma importante, talvez por não
querermos enfrentar aquilo como algo que queremos, ou talvez, ainda, por não
perceber a importância que poderíamos atribuir aquilo.
Seriam coisas sem explicação?
Sendo assim, serão então sem explicação as coisas do coração?
Por mais que relute uma pessoa em
assumir o que verdadeiramente sente por outra, atitudes do cotidiano entregam a
verdadeira face daquele bandido que tenta esconder-se por detrás de uma
“máscara de ferro.” Creio eu que nenhum amor é 100% recíproco, e acredito que
nem teria tanta graça se assim o fosse. Não faria sentido entregar-se por
completo se soubéssemos que tudo seria de igual para igual. O que torna o amor
delicioso é justamente essa coisa de querer se dar por completo mesmo sabendo
que pode receber bem menos do que se entregou. Torna-se mais gostosa a busca
pela conquista daquele ser que te faz bem.
E quando a coisa “desanda”?
Quando você perde o “controle” da situação? Acho engraçada minha postura toda
vez que me esbarro nessa situação: procuro de imediato me afastar! Aí é a minha
hora de pôr a tal “máscara de ferro” e me fazer de durão, que não estou nem aí
pra ninguém, começo a procurar e a ter novas pessoas, mais no fundo sei que
tudo aquilo é uma tentativa frustrada de buscar uma lógica para uma coisa sem
explicação. E basta uma sms, uma ligação, uma marcação no face ou uma olhada de
longe para a pessoa num lugar qualquer (quem sabe até num ponto de ônibus), um
olhar diferente, o sentir o cheiro da pessoa para que tudo caia, e você perceba
que nada é como você quer. E como disse Cazuza:
“Às vezes ama sem querer
Que a dor no fundo esconde
Uma pontinha de prazer(...)” ♫
Que a dor no fundo esconde
Uma pontinha de prazer(...)” ♫